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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Mais um fim de semana

Pronto. Está a acabar mais um fim de semana.
Não é que a mim me faça diferença. Não faz. Estou de baixa por "doença". Amanhã continuarei a não ter que ir trabalhar.

Mas não é por isso que as coisas que estejam a correr melhor. Nem por isso...
Foi estranho...
Estivemos sozinhos, eu e o meu marido, na casa da aldeia.

O ambiente que esteve tenso parecia desanuviar-se até que ele perdeu uma qualquer peça de um acessório do equipamento fotográfico. É que ele tem por hobby a fotografia.
Ficou muito aborrecido e o jantar que estava planeado para ser num restaurante local, ficou suspenso. Não iria jantar fora de maneira alguma. Era só o que faltava !....Logo no dia em que ele tinha perdido uma peça do acessório..... Fomos para casa.
Sentei-me a ver televisão. Nestes momentos tenho medo de falar ou tomar qualquer iniciativa. Não que ele seja fisicamente violento. Mas torna-se psicologicamente aniquilador. O que quer que diga, ou é motivo de chacota e sarcasmo, ou pura e simplesmente ignora-me. Sente-se bem sozinho. Sempre se sentiu.

Passada cerca de uma hora informou-me: Afinal sempre iríamos jantar fora.

A minha filha F ficou na casa da cidade sozinha. Soube que não tirou o pijama todo o fim de semana. Dormiu.
Estava deprimida quando cheguei a casa. Trouxe-lhe chocolates. Ficou Feliz.
Não sei se fiz bem. Estou a ajudá-la  a engordar ainda mais, mas por outro lado estou a substituir-lhe o que quer que lhe esteja a faltar... Eu gosto de a ver feliz. Nem que seja apenas por uns momentos !
Falámos durante um bom bocado. Senti-me mais aliviada e pensei:

Será que preciso mesmo de estar casada?

Sempre me senti sozinha no acompanhamento da doença desta minha boneca. Com que apoio posso contar do pai dela? De quando em vez, sim...parece estar presente e preocupado, mas a maioria das vezes nem quer saber !
E diz: Eu sou assim... (deixando no ar o resto da frase: "quem não gostar que deixe na beira do prato...")

Pensei:  porque tenho sempre que escolher entre o marido e a filha?

Estaria melhor sozinha com as filhotas?

Bem, não teria que lidar também com os problemas do matrimónio, mas ... que outras caras veria eu?
Não tenho amigos ou conhecidos com quem possa contar.  Até parece que o simples facto do meu marido me subestimar é uma companhia... Não tenho mais ninguém !

Gostaria de facto de encontrar alguém neste mundo virtual que me desse ouvidos. Mas não parece estar a ser o caso.  Se calhar estão-me a faltar técnicas para atrair leitores na WEB. Mas ainda sou demasiado ignorante para embelezar este meu blogue. Estou e tentar desenvolver as minhas capacidades a este nível.

Não vou desistir ainda. Qualquer dia encontrarei alguém que me compreenda.

P.S. Falei pelo Skype com a milha filha C. Informou-me que já não estava tanto frio. Pedi-lhe que me comprasse o acessório que o pai tinha perdido (pois em Portugal não existe). Queria oferecer-lho de prenda de Natal. Lamentavelmente, disse-me que não tinha tempo. Tinha que se preparar para os exames e não podia perder tempo.

1 comentário:

  1. Carla boa noite!
    Eu tenho TPB, sou casada mas as vezes me sinto só também...mas o que me consola é saber que DEUS se importa comigo...
    Apesar de talvez você ter algum problema no casamento você tem que pensar que algo de bom pode ser que ele tenha, pois se gostou dele um dia...algo(ou muitas coisas) de bom pode existir ainda...você é quem tem que saber!!!!
    E além disso, tem o amor das filhas, apesar dos problemas elas amam você...
    O Cazuza fez a música só as mães são felizes...
    Acredito que marido, namorado, ficante pode até ir embora mas os filhos mesmo longe amam para sempre as mães...as mães são felizes de ter esse amor para sempre...os filhos podem até ser malcriados, rebeldes, mas no fundo amam a mãe e defendem...a criança pode até ser adotada, mas tem a vontade de conhecer a mãe...a mãe pode ser o que for...mas o filho quer conhecer...
    Talvez um dia serei mãe...
    Veja por esse angulo você teve o privilégio de ser mãe, eu quero ser mas não sei se poderei devido o TPB...
    Além disso, tento me concentrar em alvos, tipo fazer coisas que gosto...ou que precisam ser feitas, faço uma lista, coisas do tipo...
    Meu marido tem depressão profunda, você ja deve ter visto no meu blog...me sinto bem só tbm mas tenho que tentar viver e caminhar...prefiro as vezes ignorar muitas coisas que ele faz e me focar nos meus alvos, ex: ajudar minha mãe, começar academia, cuidar de mim, estudar etc...e se paro na metade, não fico tão triste pois sei que posso recomeçar...
    Quanto a sua filha...realmente ela come para encher o "vazio". Eu como muito tbm...
    Mas se descobrimos outra atividade que possa preencher já ajuda...tipo ver amigos, exercício...coisas assim...

    Espero ter dado uma palavrinha amiga,

    Bjus

    Priscila MT.

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