A comunicação é uma coisa estranha...
Vejamos, por exemplo, um rádio:
Existe o emissor - a estação de rádio
O transmissor - as ondas hertz que navegam no ar
O receptor - o ouvinte.
Por vezes parece que nosso rádio está sem sintonia.
Então tentamos localizar melhor a estação para ter melhor sintonia no som.
Ou então, não gostando da emissão des-sintonizada, desligamos daquela emissora e procuramos outra.
Na comunicação escrita acontece a mesma coisa.
Existe um emissor que pretende transmitir uma mensagem (o que ele de facto pensa estar a dizer)...
e
Um receptor que lê a mensagem e a interpreta de acordo com seu critério ( o que ele pretende receber)
Entre este emissor e receptor existe o tal transmissor que é:
A INTENÇÃO !
O que um pensa estar a transmitir e o que outro pensa estar a receber.
Essa intenção pode ficar des-sintonizada.
Este problema está na origem das maiores controvérsias do Universo.
No mundo dos Blogs o problema é mais pequeno, não deverá originar qualquer guerra, mas pode acontecer haver desentendimentos.
O que eu quis transmitir no meu post anterior foi que eu me sentia comunicando com um mundo de não tangíveis, e por isso estava comunicando para o vazio.
Também mencionei uns quantos, (poucos) que se interessavam pelos meus temas.
Apresento as minhas desculpas a quem se sentiu ofendido. Não era essa a minha intenção.
Apenas quis dizer que escrever num Blog não é mais que escrever num diário. A solidão continua apesar dos comentários amigos.
Continua faltando o abraço, o toque, a sensação de que estamos fisicamente acompanhados.
Isso não é possível neste mundo virtual.
Bem sei que tenho verdadeiros amigos; mas esses continuam me dando ânimo e/ou encontram outras vias de comunicação mais próximas, mesmo que estejam distantes.
Nada do que foi anteriormente escrito se dirigia a quem me entende. Apenas traduzi por palavras mais um lamento de insegurança e desconforto.
Não sei o que fazer, para onde me virar, e necessito muito de ter um mapa com o caminho para o meu destino.
Sempre ouvi dizer que o futuro é o que nós fazemos dele. Pois eu não sei fazer o meu futuro !
Navego ao sabor do vento.
E se fosse navegante com ventos fortes contra a maré...
Como combater essas tempestades? Como orientar minhas velas e leme?
Abraços fortes desta sempre atenta e amiga,
Carla