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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Todo o tempo do mundo....

Tenho todo o tempo do Mundo...

Música e voz de Rui Veloso (fantástico compositor português).

Estou novamente com uma semana de férias.

Vim para a casa da aldeia. Mais uma vez, sozinha.

Alguém teria que ficar com a filhota F.

Ficou o pai, pois ele não trabalha à seria e tem todo o tempo do mundo. Eu tenho apenas estes momentos de férias.

Já são 3:30 da madrugada e, para poupança de energia (por causa da crise económica), a iluminação pública foi apagada. Quase sentimos o silêncio da noite...

Lá fora está escuro que nem breu e eu sinto-me em paz. Mil estrelas brilham no céu.
Não está calor, mas a temperatura é amena e confortável para estar no jardim.

Tem uma igreja próxima que toca o sino de meia em meia hora. É tão campestre....

É nestes momentos que eu aprecio o MEU TEMPO. Preciso dele !

É aqui, nesta serenidade, que eu consigo deixar de pensar constantemente nas minhas filhas, no emprego, no marido, nas tarefas...

Aqui, eu sinto que tenho todo o tempo do mundo....para mim !




domingo, 11 de setembro de 2011

Velhas amigas

Oi para o Mundo !


Passei o fim de semana na casa da aldeia com uma velha amiga (mais nova que eu), mas que já há mais de 2 anos que não via.

Ela vive em Lisboa e eu no Porto. Trabalhamos na mesma empresa. Não sei como foi possível estarmos tanto tempo ausentes, continuando a manter o sentimento de cumplicidade que nos uniu há mais de 15 anos atrás.

A minha amiga quase não reconheceu a filhota F depois de ter crescido 40 Kg por todo o corpo.

Foi bom!
Ela tinha a visão de quem está de fora na relação com a filhota F e não se deixou impressionar por sua depressão e angustia.

Deu-lhe conselhos que se saíssem da minha boca não seriam aceites da mesma forma.

Notei que a filhota esteve mais activa neste fim de semana que o seu normal. Ainda não sei se foi por cortesia com a convidada, ou se realmente estava com mais energia.

Ela está assustada. Já lhe foi dito que estão a pensar deixá-la sair do hospital no final do ano.

Amanhã vamos todos reunir com seus terapeutas. Vai ser a primeira reunião depois de quase um ano de tratamento.

Não sei o que esperar. Nunca quiseram nem aceitaram falar com os pais por ela ser adulta.  Agora nos convocam para reunir...

Não vale a pena estar a especular. É esperar pelo momento e ver o que vai acontecer.

Estou a pensar mandar a filhota F passar uns dias em casa da minha amiga de Lisboa. Ela tem 2 filhotes gémeos de 9 anos.

Pode ser que seja bom para ela sair da sua área de conforto. Veremos no que resulta a reunião com os médicos.

A outra filha - a C - está em Londres desesperada porque não encontra casa dentro do seu orçamento. Não quer continuar dependendo dos pais, mas a vida lá é muito cara para a sua bolsa.

Também aqui vou esperar para ver no que dá. Claro que se for necessário, terei que enviar ajuda financeira. Não quero que ela viva na pobreza ou prejudique seu percurso académico, apenas porque quer iniciar uma vida independente.

Também eu, em jovem, tive ajuda de familiares para iniciar minha vida de adulta. E isso não fez de mim menos autónoma. Apenas ajudou a começar meu percurso até à completa autonomia.

Creio que ser mãe em Portugal é muito diferente de outros países do Mundo.

Vejo em documentários os filhos de Americanos, Finlandeses, Holandeses e outros países de cultura mais pragmática, serem quase que chutados fora de portas no início da universidade.
Essa é a idade em que eles saem de casa e ficam por sua conta e risco. Para os pais isso é normal.

Não nesta minha terra. Aqui o que é normal é cuidar dos mais novos enquanto eles necessitam e quando somos velhos eles deveriam cuidar de nós.

Não sei se é melhor ou pior, mas sinto que este cantinho do mundo também se está a modificar.

Enfim, somos um povo do "FADO". Parece que nunca nada está bem.






segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Mais um dia "acidentado .."

Caros amigos,


Havia anos que eu não tinha um acidente de viação.
Nada de mais. Apenas um raspão num carro ESTACIONADO !!!

Que mal !

Já dirijo há mais de 30 anos e nunca embati em alguém parado !

Tenho como desculpa que se tratava de uma viela muito estreita e que eu conduzo um carro muito grande. Para ser mais específica, se trata de um todo-o-terreno ( 4 rodas motrizes) de 7 lugares e que pesa cerca de 2.700 Kg.

Mas isso não é novidade. Já o uso desde 1999. ( Velhinho...)

Creio que foi meu excesso de confiança que me fez não prestar a devida atenção.

Agora quase que me sinto envergonhada pelo meu feito. Além da despesa, claro.

Não houve feridos. Apenas espantados( EU !!!!)

Me sinto estranha por ter tido um acidente que podia perfeitamente ter evitado!

Não estou habituada a ter acidentes. E menos ainda por minha responsabilidade.

Hoje, depois do facto, me senti insegura ao dirigir. Estava sempre avaliando o espaço que me rodeava.

Amanhã vou à seguradora, com a condutora do outro carro, participar o acidente.

(Esta me pareceu ser uma boa seguradora...eh, eh, eh)

Ela aparenta ser uma mulher tão frágil e desconhecedora destes acontecimentos. Confiou plenamente em mim. Não me pediu qualquer documento, nem tirou quaisquer notas. Apenas anotou o número do meu celular que lhe forneci.

Não sei por quem deva torcer mais: Se por ela ou por mim.


Nota: A filhota F está cada vez pior. Disseram-lhe que irá sair do hospital no final do ano. Ela está com medo. Eu também. Vamos reunir com seus médicos na próxima segunda-feira, dia 12. receio o que tenham para me dizer ou perguntar.
Estou mesmo muito cansada desta tarefa!
Todos os dias ela está deprimida e eu tento fazer de palhaço para animar. Vou buscar ânimo ao fundo das minhas entranhas.

Continuo sentindo falta do toque de um amigo verdadeiro. De falar em viva voz. De ouvir com meus ouvidos...

Veremos o que o futuro nos reserva.

One day at a time....

Abraços,
Carla

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Problemas de comunicação

A comunicação é uma coisa estranha...

Vejamos, por exemplo, um rádio:

Existe o emissor - a estação de rádio
O transmissor - as ondas hertz que navegam no ar
O receptor - o ouvinte.

Por vezes parece que nosso rádio está sem sintonia.
Então tentamos localizar melhor a estação para ter melhor sintonia no som.
Ou então, não gostando da emissão des-sintonizada, desligamos daquela emissora e procuramos outra.

Na comunicação escrita acontece a mesma coisa.

Existe um emissor que pretende transmitir uma mensagem (o que ele de facto pensa estar a dizer)...
e
Um receptor que lê a mensagem e a interpreta de acordo com seu critério ( o que ele pretende receber)

Entre este emissor e receptor existe o tal transmissor que é:

A INTENÇÃO !

O que um pensa estar a transmitir e o que outro pensa estar a receber. 
Essa intenção pode ficar des-sintonizada.

Este problema está na origem das maiores controvérsias do Universo.

No mundo dos Blogs o problema é mais pequeno, não deverá originar qualquer guerra, mas pode acontecer haver desentendimentos.

O que eu quis transmitir no meu post anterior foi que eu me sentia comunicando com um mundo de não tangíveis, e por isso estava comunicando para o vazio.

Também mencionei uns quantos, (poucos) que se interessavam pelos meus temas.

Apresento as minhas desculpas a quem se sentiu ofendido. Não era essa a minha intenção.

Apenas quis dizer que escrever num Blog não é mais que escrever num diário. A solidão continua apesar dos comentários amigos.

Continua faltando o abraço, o toque, a sensação de que estamos fisicamente acompanhados.

Isso não é possível neste mundo virtual.

Bem sei que tenho verdadeiros amigos; mas esses continuam me dando ânimo e/ou  encontram outras vias de comunicação mais próximas, mesmo que estejam distantes.

Nada do que foi anteriormente escrito se dirigia a quem me entende. Apenas traduzi por palavras mais um lamento de insegurança e desconforto.

Não sei o que fazer, para onde me virar, e necessito muito de ter um mapa com o caminho para o meu destino.

Sempre ouvi dizer que o futuro é o que nós fazemos dele. Pois eu não sei fazer o meu futuro !

Navego ao sabor do vento.

E se fosse navegante com ventos fortes contra a maré...

Como combater essas tempestades?  Como orientar minhas velas e leme?

Abraços fortes desta sempre atenta e amiga,

Carla