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sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Imogen Heap - Hide and Seek (With Lyrics)


Faz bastante tempo que não escrevo.
Esta não é a melhor hora para explicar os motivos.
A noite já vai longa e o cansaço já se faz sentir.

Conseguir, finalmente, um momento de exclusividade para mim. Estou sozinha na casa da Aldeia.


Não SUMI !!!

Apenas tenho estado ausente por motivos alheios à minha vontade.

As coisas, cá por estes lados, têm estado inalteradas:

A filhota F continua doente (e agora muito obesa...cerca de 100 Kg de peso - Aumentou cerca de 50 Kg em 1 ano); o marido continua concentrado nas suas fantasias (empresas que já não gere e motas que continua a comprar); A outra filha, a C, continua em Inglaterra, mas agora em Londres. Lembra-se da família que cá ficou quando necessita de dinheiro.

Nada de novo. Apenas ligeiras alterações no plano familiar, mas os assuntos de fundo mantêm-se actuais.

Ultimamente tenho tido menos tempo para mim. Os meus ossos e articulações vão acusando a idade e encontro-me a fazer tratamentos de fisioterapia ao final do dia de trabalho.

Isto implica que me levante às 07:00 da manhã para ir trabalhar e chegue a casa depois das 21:00 para arrumar a mesa e jantar, arrumar a cozinha, apoiar a filhota F, dar comida ao cão (e de vez em quando escová-lo), escolher a fatiota para o dia seguinte, e repousar 10 minutos na sala antes de me deitar na cama por volta das 24:00.

Espero encontrar algum reequilíbrio na minha agenda diária.

Até lá, fica aqui aqui este texto à laia de explicação.

Até breve,
Carla

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Coisas de Aldeia em Paredes de Coura - Parte II


Depois da hercúlea tarefa de ontem em encontrar no Concelho de Paredes de Coura quem me pudesse tirar um cisco do olho, (às desusadas e noctívagas horas de 20.00 da noite...) vou contar como é o dia seguinte:

Enfim, ontem lá consegui que me aliviassem da incómoda poeira que se instalou no meu olho esquerdo sem minha vontade ou autorização.

Seguindo o conselho que me foi dado, hoje fui (em hora de expediente) aos serviços de saúde locais.

Entrei por volta das 16:30 dizendo que apenas pretendia confirmar que o meu olho se encontrava em boas condições de higiene e saúde (apesar de meio fechado, inchado e ainda todo benfiquista, ou seja; muito vermelho!)

O funcionário fez a minha ficha de inscrição em Consulta Aberta e disse-me para aguardar.

Obediente, assim fiz.
Aguardei uma hora, duas horas...
vi entrar e sair gente que muito depois de mim tinha chegado.

Na minha pueril ignorância, admiti que deveriam estar a ser chamados casos mais urgentes e graves que o meu.

Aguardei 3 horas... e mais....

Pelas 19:45 perguntei qual era o critério de chamada para a desditosa consulta aberta.

Pois que era o de ordem de chegada, respondeu.

Retorqui que não poderia ser, uma vez que depois de mim, já muitos tinham entrado e saído...

Foi confirmar nas mais modernas tecnologias - Um PC a preto e branco com um software que já não vejo desde os anos 80....

Afinal deveria ter havido um lapso informático. O meu nome não aparecia na fila de trabalho do médico. Provavelmente ele apagou-o...(???) 


- Sabe, às vezes acontece !!! Mas não se preocupe, vou por novamente e ele deve estar a chamá-la.

Dito e feito. Quando carregou na tecla "enter" o médico chamou-me.

Eram 19:50.

Sim, tenho o olho inflamado. Nada que umas gotas receitadas e colocadas 3 vezes por dia não resolvam.

Ninguém me receitou nada para a frustração, raiva e fúria que me assola no meio de tanta incompetência !

Cada vez entendo menos porque as populações se insurgem quando Altas Autoridades decidem fechar um qualquer posto de saúde. Afinal quando abertos continuam a funcionar como se estivessem há muito encerrados.

Perdoem-me o lamento, mas não posso deixar de sentir empatia com as populações que vivem longe de centros urbanos, habituadas a poderem, a qualquer hora, recorrer a serviços clínicos mesmo que menores.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Coisas de Aldeia...



Perdoem-me a extensão da mensagem, mas não podia deixar de explicar devidamente:

Neste momento não estou nada a pensar.. estou mesmo a gritar bem alto :

Paredes de Coura é uma aldeia de Portugal esquecida pelo Grande Arquitecto, Criador, ou Outro que bem entendam !




Aconteceu-me aparecer um cisco no olho esquerdo no final da tarde do dia 02 de Outubro (Domingo).

Nada de mais. Apenas um cisco incomodativo, irritante e que me deixava o olho lacrimante, irritado e dorido. 

Fui ao Centro de Saúde às 20:03. Estava fechado, pois encerra às 20.00.

Entrei na farmácia de serviço, em frente ao cento de saúde, pedindo ajuda. Nada podiam fazer pois não lhes competia.

Parei numa gasolineira próxima e perguntei se não havia médicos, enfermeiros, curandeiros ou até mesmo feiticeiros que me tirassem o cisco do olho.

Não conheciam. Sabiam que os elementos do INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica) - (SIV), porque hoje era dia de jogo de futebol, deveriam estar num café da vila a ver o desafio.

Percorri a rua dos cafés (esta vila só tem uma rua c/ cafés) em busca de alguém vestido de INEM: Nada ! 

Entrei no único café ainda aberto e perguntei pelos do INEM. Não estavam lá. Não tinham visto. Mas a regra era que após o fecho do Centro de Saúde se telefonasse para o 112... (Nº de emergência Nacional....)

Para o 112????? POR CAUSA DE UM CISCO NO OLHO????

Sim. Essa é a rotina local.

Telefonei.

Da central do 112 só não riram na minha cara porque eu comecei logo por me justificar.

Como eu já presumia, não fazia parte das suas competências tratar de uma poeira no olho de alguém na vila de Paredes de Coura àquela hora da noite.

Fui aos Bombeiros locais. Eles deveriam poder ajudar.

Toquei a campainha. Surgiu um rapaz muito jovem que disse não ser da sua competência, mas iria tentar.... E assim foi, ele tentou e tentou ... com um guardanapo ... tentou retirar o maldito cisco do meu olho esquerdo. E após muitas tentativas e após ter chegado mais uma carrinha do INEM que estacionou no Parque dos Bombeiros, e também depois de se lhes ter explicado o que se passava, ninguém conseguia arranjar um remédio. Os Bombeiros não tinham soro fisiológico e os do INEM que lá estacionaram estavam a sair de serviço e não podiam assumir a responsabilidade ... (DE TIRAR UM CISCO DO OLHO !!!!)

Disseram que eu deveria ir a um Hospital Central ou voltar ao Centro de Saúde, pois a carrinha do SIV (seja lá o que isso for) deveria estar lá estacionada a partir das 20:30).

Voltei ao Centro de Saúde a conduzir apenas com o olho direito. Já não conseguir abrir o olho esquerdo.
Não estava lá nenhuma carrinha SIV.

Na gasolineira em frente aconselharam-me a esperar, pois já os tinham visto chegar e provavelmente teriam ido tomar um cafezinho.

Eu já estava desesperada. Não era nada de grave, mas era de facto muito doloroso e incomodativo.

Estava já decidida a ir a Espanha. Eram já quase 21.00 e não havia sinais de nenhuma carrinha SIV no Centro de Saúde de Paredes de Coura.

Entrei no carro para ir a Espanha tratar do meu pobre olho (as alternativas em Portugal eram muito mais distantes.., ou Ponte de Lima , ou Braga ou Viana).

Eis que chega a carrinha do INEM (SIV) ao Centro de Saúde.

Desliguei o motor do meu carrro, corri para a carrinha SIV a tempo de ver as técnicas (médicas? enfermeiras?) a fechar o veículo.

Expliquei o que me trazia ali. Fizeram-me entrar na ambulância e durante mais 20 minutos estiveram a tentar tirar o raio da poeira que me tinha entrado no olho.
No fim disseram que já tinha saído.

Ainda não sinto alívio, mas pode ser apenas irritação ocular de tanto mexericar..
Amanhã veremos.

Enfim, nas terras do interior, como Paredes de Coura, não se pode ter um mal menor.
Ou estamos às portas da morte e podemos chamar o 112, ou então há que aguentar...


SINAIS DOS TEMPOS ?....

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Todo o tempo do mundo....

Tenho todo o tempo do Mundo...

Música e voz de Rui Veloso (fantástico compositor português).

Estou novamente com uma semana de férias.

Vim para a casa da aldeia. Mais uma vez, sozinha.

Alguém teria que ficar com a filhota F.

Ficou o pai, pois ele não trabalha à seria e tem todo o tempo do mundo. Eu tenho apenas estes momentos de férias.

Já são 3:30 da madrugada e, para poupança de energia (por causa da crise económica), a iluminação pública foi apagada. Quase sentimos o silêncio da noite...

Lá fora está escuro que nem breu e eu sinto-me em paz. Mil estrelas brilham no céu.
Não está calor, mas a temperatura é amena e confortável para estar no jardim.

Tem uma igreja próxima que toca o sino de meia em meia hora. É tão campestre....

É nestes momentos que eu aprecio o MEU TEMPO. Preciso dele !

É aqui, nesta serenidade, que eu consigo deixar de pensar constantemente nas minhas filhas, no emprego, no marido, nas tarefas...

Aqui, eu sinto que tenho todo o tempo do mundo....para mim !




domingo, 11 de setembro de 2011

Velhas amigas

Oi para o Mundo !


Passei o fim de semana na casa da aldeia com uma velha amiga (mais nova que eu), mas que já há mais de 2 anos que não via.

Ela vive em Lisboa e eu no Porto. Trabalhamos na mesma empresa. Não sei como foi possível estarmos tanto tempo ausentes, continuando a manter o sentimento de cumplicidade que nos uniu há mais de 15 anos atrás.

A minha amiga quase não reconheceu a filhota F depois de ter crescido 40 Kg por todo o corpo.

Foi bom!
Ela tinha a visão de quem está de fora na relação com a filhota F e não se deixou impressionar por sua depressão e angustia.

Deu-lhe conselhos que se saíssem da minha boca não seriam aceites da mesma forma.

Notei que a filhota esteve mais activa neste fim de semana que o seu normal. Ainda não sei se foi por cortesia com a convidada, ou se realmente estava com mais energia.

Ela está assustada. Já lhe foi dito que estão a pensar deixá-la sair do hospital no final do ano.

Amanhã vamos todos reunir com seus terapeutas. Vai ser a primeira reunião depois de quase um ano de tratamento.

Não sei o que esperar. Nunca quiseram nem aceitaram falar com os pais por ela ser adulta.  Agora nos convocam para reunir...

Não vale a pena estar a especular. É esperar pelo momento e ver o que vai acontecer.

Estou a pensar mandar a filhota F passar uns dias em casa da minha amiga de Lisboa. Ela tem 2 filhotes gémeos de 9 anos.

Pode ser que seja bom para ela sair da sua área de conforto. Veremos no que resulta a reunião com os médicos.

A outra filha - a C - está em Londres desesperada porque não encontra casa dentro do seu orçamento. Não quer continuar dependendo dos pais, mas a vida lá é muito cara para a sua bolsa.

Também aqui vou esperar para ver no que dá. Claro que se for necessário, terei que enviar ajuda financeira. Não quero que ela viva na pobreza ou prejudique seu percurso académico, apenas porque quer iniciar uma vida independente.

Também eu, em jovem, tive ajuda de familiares para iniciar minha vida de adulta. E isso não fez de mim menos autónoma. Apenas ajudou a começar meu percurso até à completa autonomia.

Creio que ser mãe em Portugal é muito diferente de outros países do Mundo.

Vejo em documentários os filhos de Americanos, Finlandeses, Holandeses e outros países de cultura mais pragmática, serem quase que chutados fora de portas no início da universidade.
Essa é a idade em que eles saem de casa e ficam por sua conta e risco. Para os pais isso é normal.

Não nesta minha terra. Aqui o que é normal é cuidar dos mais novos enquanto eles necessitam e quando somos velhos eles deveriam cuidar de nós.

Não sei se é melhor ou pior, mas sinto que este cantinho do mundo também se está a modificar.

Enfim, somos um povo do "FADO". Parece que nunca nada está bem.






segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Mais um dia "acidentado .."

Caros amigos,


Havia anos que eu não tinha um acidente de viação.
Nada de mais. Apenas um raspão num carro ESTACIONADO !!!

Que mal !

Já dirijo há mais de 30 anos e nunca embati em alguém parado !

Tenho como desculpa que se tratava de uma viela muito estreita e que eu conduzo um carro muito grande. Para ser mais específica, se trata de um todo-o-terreno ( 4 rodas motrizes) de 7 lugares e que pesa cerca de 2.700 Kg.

Mas isso não é novidade. Já o uso desde 1999. ( Velhinho...)

Creio que foi meu excesso de confiança que me fez não prestar a devida atenção.

Agora quase que me sinto envergonhada pelo meu feito. Além da despesa, claro.

Não houve feridos. Apenas espantados( EU !!!!)

Me sinto estranha por ter tido um acidente que podia perfeitamente ter evitado!

Não estou habituada a ter acidentes. E menos ainda por minha responsabilidade.

Hoje, depois do facto, me senti insegura ao dirigir. Estava sempre avaliando o espaço que me rodeava.

Amanhã vou à seguradora, com a condutora do outro carro, participar o acidente.

(Esta me pareceu ser uma boa seguradora...eh, eh, eh)

Ela aparenta ser uma mulher tão frágil e desconhecedora destes acontecimentos. Confiou plenamente em mim. Não me pediu qualquer documento, nem tirou quaisquer notas. Apenas anotou o número do meu celular que lhe forneci.

Não sei por quem deva torcer mais: Se por ela ou por mim.


Nota: A filhota F está cada vez pior. Disseram-lhe que irá sair do hospital no final do ano. Ela está com medo. Eu também. Vamos reunir com seus médicos na próxima segunda-feira, dia 12. receio o que tenham para me dizer ou perguntar.
Estou mesmo muito cansada desta tarefa!
Todos os dias ela está deprimida e eu tento fazer de palhaço para animar. Vou buscar ânimo ao fundo das minhas entranhas.

Continuo sentindo falta do toque de um amigo verdadeiro. De falar em viva voz. De ouvir com meus ouvidos...

Veremos o que o futuro nos reserva.

One day at a time....

Abraços,
Carla

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Problemas de comunicação

A comunicação é uma coisa estranha...

Vejamos, por exemplo, um rádio:

Existe o emissor - a estação de rádio
O transmissor - as ondas hertz que navegam no ar
O receptor - o ouvinte.

Por vezes parece que nosso rádio está sem sintonia.
Então tentamos localizar melhor a estação para ter melhor sintonia no som.
Ou então, não gostando da emissão des-sintonizada, desligamos daquela emissora e procuramos outra.

Na comunicação escrita acontece a mesma coisa.

Existe um emissor que pretende transmitir uma mensagem (o que ele de facto pensa estar a dizer)...
e
Um receptor que lê a mensagem e a interpreta de acordo com seu critério ( o que ele pretende receber)

Entre este emissor e receptor existe o tal transmissor que é:

A INTENÇÃO !

O que um pensa estar a transmitir e o que outro pensa estar a receber. 
Essa intenção pode ficar des-sintonizada.

Este problema está na origem das maiores controvérsias do Universo.

No mundo dos Blogs o problema é mais pequeno, não deverá originar qualquer guerra, mas pode acontecer haver desentendimentos.

O que eu quis transmitir no meu post anterior foi que eu me sentia comunicando com um mundo de não tangíveis, e por isso estava comunicando para o vazio.

Também mencionei uns quantos, (poucos) que se interessavam pelos meus temas.

Apresento as minhas desculpas a quem se sentiu ofendido. Não era essa a minha intenção.

Apenas quis dizer que escrever num Blog não é mais que escrever num diário. A solidão continua apesar dos comentários amigos.

Continua faltando o abraço, o toque, a sensação de que estamos fisicamente acompanhados.

Isso não é possível neste mundo virtual.

Bem sei que tenho verdadeiros amigos; mas esses continuam me dando ânimo e/ou  encontram outras vias de comunicação mais próximas, mesmo que estejam distantes.

Nada do que foi anteriormente escrito se dirigia a quem me entende. Apenas traduzi por palavras mais um lamento de insegurança e desconforto.

Não sei o que fazer, para onde me virar, e necessito muito de ter um mapa com o caminho para o meu destino.

Sempre ouvi dizer que o futuro é o que nós fazemos dele. Pois eu não sei fazer o meu futuro !

Navego ao sabor do vento.

E se fosse navegante com ventos fortes contra a maré...

Como combater essas tempestades?  Como orientar minhas velas e leme?

Abraços fortes desta sempre atenta e amiga,

Carla

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Que fútil é escrever um Blog !



Tenho vindo aqui cada vez menos.

Que interesse tem estar a escrever "para o Mundo" se esse Mundo não quer saber senão de si próprio.

Cada um está centrado nos seus próprios problemas. Ou cada um está divulgando a faceta com que gostaria de ser reconhecido.

Que adianta estar escrevendo para o ar ?

Toda a gente tem alegrias e tristezas. Cada um consegue avaliar apenas os seus próprios sentimentos.

Empatia?
Solidariedade?
Identificação?

Uns quantos (poucos) se interessam e vão perguntando.
Os outros (muitos) passam e olham para o outro lado.

Afinal que estou fazendo aqui?

Para ser sincera... acho que estou apenas escrevendo para mim.
Estou fingindo que partilho alguma coisa.
Ninguém quer partilhar desventuras nem infortúnios.

Eu até entendo!

Para quem quiser saber:

- A filhota F (mais nova) continua mal e ultimamente tem estado pior. Não sei o que vai na sua cabeça. Bem que eu tento e me esforço, mas não sinto o que ela sente.

- A filhota C (a mais velha) está de férias em Portugal e soube há dias que ela foi a melhor nota do mestrado na Universidade de Leicester. Vai agora para Londres fazer doutoramento a convite da Universidade local.

Lido com duas filhas tão diferentes ... e ambas tão amadas !

Não me importa o seu sucesso ou insucesso. São as minhas meninas e encontro enormes qualidades em cada uma.

Ainda bem!
Existe gente que já não pode ter nada disto!
Existe gente que perdeu seus filhos, ou entes queridos e que não já pode partilhar da sua existência.

Alguém ficou melhor ou pior depois de eu ter publicado isto?

Bem sei que é fútil escrever um Blog, mas... que posso eu dizer?
Apenas continuo escrevendo.

Bem hajam!

Carla



sábado, 20 de agosto de 2011

Long time no see...

Caros amigos,

Já há muito tempo que não venho aqui,

Aliás, já há muito tempo que não ligo o meu PC, não leio os meus e-mails, não me ligo ao mundo.

E até agora parece-me bem.

Já tinha escrito um texto muito bonito, quando o editor de mensagens resolveu "pifar".

Agora já não tenho mais paciência para repetir tudo o que tinha em mente.

Resumindo:

Tenho uma amiga que também é minha Directora no trabalho que tinha problemas em se relacionar com seu filho de 23 anos.

Este menino faleceu no dia 3 de Agosto.

Tudo era normal com o pai, irmão e amigos. Menos com a mãe.

Ela tentou de tudo: terapia, igreja, amigos, enfim; o que ela encontrou como possível solução.

A família lhe dizia para se manter afastada do filho, mas ela não conseguia nem perceber o motivo de tanta animosidade do menino.

Um dia, eu, com minha mania de que sou a salvadora do Mundo, disse-lhe para declarar seu amor maternal ao filhote. Tudo quanto ele precisava era de muito amor.

MAL ! Foi muito mal!

O menino se afastou ainda mais! Odiava sua mãe e ela nem sabia porquê !

Na semana anterior à sua morte, o filhote acusou a mãe de coisas que ela não tinha feito.

A mãe, experiente, se calou no momento. À noite, pediu para falar com ele e lhe disse :

"... meu filho, se me queres fora da tua vida, assim será! Preocupar-me vou sempre, pois és meu filho. No entanto a tua vida já não me interessa. Para mim não contas ! ..."

Na semana seguinte o menino foi encontrado no rio, caído de uma ponte c/ um vão de 240 metros.

A mãe continua achando que seu filho foi "empurrado". Todos os restantes familiares e amigos acreditamos que o rapaz se suicidou.

Fico apenas muito impressionada com a pergunta que ela me fez quando cheguei em sua casa no dia do falecimento do filhote;

- " Eu não tive culpa, pois não?!

A pergunta era apenas retórica.

Aquela mãe vai perguntar toda a vida o que fez de errado com aquele filho, piorando a dúvida com a última conversa havida entre os dois !

É isso que vai ficar na memória daquela mãe que eu sei que tanto lutou para se entender com o filhote mais novo.

Por isso, hoje aqui estou a partilhar com o mundo uma dor que não é verdadeiramente minha, mas que eu sinto como se fosse !

Tenho muita pena daquela mãe.  Queria saber dar-lhe algum conforto. Mas não sei. E sinto-me mal por isso.
Pudesse eu tomar para mim parte daquele sofrimento apenas para amenizar a sua angústia...

Não sou crente em nenhum Deus, mas estou pedindo a todas as divindades que eu conheço para que lhe dêem conforto.

Até mais,
Carla








quinta-feira, 7 de julho de 2011

Um violinista no Telhado (Fiddler on the roof)


Quem viu este filme de 1971 ?

A acção passa-se na Rússia Czarista do início do século XX.
As comunidades Judaicas e Cristãs Ortodoxas não se misturavam...
Os problemas começaram quando as filhas do personagem principal (judeu) - Tevye - não aceitaram casar com os homens arranjados por seu pai.

É um filme que tem a ver com tolerância, aceitação, dificuldades e por fim exílio.

Muito bonito.

Ainda hoje acredito que nos podemos identificar com esta história em muitas situações.

Recordo muitas vezes este filme quando vejo o caminho da minha filha mais velha...
Já não tenho o controlo e isso me deixa feliz e infeliz ao mesmo tempo.

A mais nova, enfim... veremos o que o futuro lhe guarda.
Neste momento, parece não ter nada reservado.
Continua mal, sob pesada medicação - o que me preocupa.
Parece estar constantemente sob o efeito de drogas que a impedem de falar normalmente. Tem o discurso arrastado, olhos semi-cerrados, reacções lentas e gestos vagarosos. DROGADA !

Não gosto de a ver assim, mas os médicos dizem que nesta fase é necessário e ela concorda.

Estou longe dela. Estou na Aldeia e ela na Cidade.

Falamos diariamente, e continuo sentindo aquela distância...

As minhas férias vão acabar já no próximo fim de semana.

Não sei se fique triste ou contente.

Fico insatisfeita por saber que vou recomeçar a rotina diária de trabalho e, acima de tudo, de cuidar da filhota, de a animar, de lhe dar força, de lhe dar carinho e apoio a cada 5 minutos...

Fico feliz por lhe poder providenciar tudo o que acima disse que me dava preocupação.

Mas que misto de sentimentos é este ? Não entendo !

Por um lado quero estar longe, não ver, não pensar, não ter que cuidar...

e por outro lado,

Não vejo o momento de lhe poder prestar todos esses mimos que ela necessita.

Como eu queria ter a força de carácter do personagem Tevye.

(A música também é bonita...)

Beijos,
Carla

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Ainda a propósito de Beethoven....

Estas frases que transcrevo são da autoria de Ludwig van Beethoven . Tão actuais como antes:


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Ó homens que me tendes em conta de rancoroso, insociável e misantropo, como vos enganais. Não conheceis as secretas razões que me forçam a parecer deste modo. Meu coração e meu ânimo sentiam-se desde a infância inclinados para o terno sentimento de carinho e sempre estive disposto a realizar generosas acções; porém considerai que, de seis anos a esta parte, vivo sujeito a triste enfermidade, agravada pela ignorância dos médicos.

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Devo viver como um exilado. Se me acerco de um grupo, sinto-me preso de uma pungente angústia, pelo receio que descubram meu triste estado. E assim vivi este meio ano em que passei no campo. Mas que humilhação quando ao meu lado alguém percebia o som longínquo de uma flauta e eu nada ouvia! Ou escutava o canto de um pastor e eu nada escutava! Esses incidentes levaram-me quase ao desespero e pouco faltou para que, por minhas próprias mãos, eu pusesse fim à minha existência. Só a arte me amparou!

Tão actual ! 
A dor sempre existiu indiferente do tempo e do motivo.

Porque nos continua a custar tanto suportá-la?
Já deveríamos estar acostumados, mas parece sempre ser nova e diferente!

É nestes mestres da VIDA que eu encontro inspiração.

Boa Noite,
Carla





hoje sinto vontade de ouvir música


Não vim aqui dizer nada !

Estou há horas ouvindo música que me traz emoções diversas.

Pena que não possa deixar toda a lista que ouvi... mas deixo esta versão de "Sonata ao Luar" de Ludwig van Beethoven, por Marcus Miller.

Espero que gostem.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Tiraram-me as palavras da boca



Uma música com quase 34 anos. Foi lançada em Outubro de 1977.

Uma das minhas favoritas pelo seu poema.

Esta é uma das formas de esquecer - ou tentar esquecer - que a filhota continua mal !

Acho que ela sente muito a minha falta. 

Esteve nos últimos dias com o Pai na casa da cidade. Este fim de semana vieram ter comigo à Aldeia.

Telefono-lhe todos os dias, mas mesmo assim acho que ela exige a minha presença. 

Contou-me, com frieza,  que na passada quinta-feira voltou a cortar-se.

Porque?

Porque durante o almoço com o Pai falaram da sua preocupação com o seu corpo.

Ela engordou mais de 30 Kg em pouco tempo e não se conforma com o novo corpo que carrega. Mas no Hospital dizem que isso é secundário. Há que tratar primeiro o que a faz sentir vontade de comer todos os doces do mundo.

Pois, como ela se tem queixado da sua imagem, durante o almoço o pai abordou o assunto e, segundo ele, a conversa correu cordialmente, sem sobressaltos, tudo na boa.

Segundo ela: Sentiu-se envergonhada por estar a ser confrontada com sua impulsividade por comida. Não vai mais conseguir comer "coisas" na frente do Pai. Sente-se ainda pior quando come, pois toda a gente sabe que ela é gorda !

Mais ainda mamãe: sabe o que fiz no fim da conversa? sabe?
Fui-me cortar !

Achei cruel ela ter-me contado com toda a frieza que se cortou por causa de uma conversa (que até acho que foi bem intencionada por parte do Pai).

Eu sei que ela sofre de TPB, mas também sei que ela vai fazer 24 anos !

Durante mais de 11 anos estive sempre do seu lado tentando compreender o que lhe causava tanta angústia. Sempre defendi seus comportamentos perante familiares e estranhos. Sempre abdiquei de mim para me poder oferecer a ela.

Lembro que cheguei a estar fora do meu emprego durante mais de 1 ano seguido, apenas para poder estar próximo dela e levá-la a passear. Passeios de carro que duravam um dia inteiro. Ela chorava e eu conduzia. E enquanto conduzia ia contanto todas as histórias da minha vida, da vida dos avós, de todos os familiares, umas inventadas, outras verdadeiras, apenas para não estar calada e encher o espaço com sons, para que ela estivesse ocupada com alguma coisa, nem que fosse ouvindo...

Esses tempo negros em que ela escrevia seu diário e pintava quadros sombrios com o  seu próprio sangue já não se verificam. Mas de vez em quando, lá vem a ameaça:

" Tu tem lá cuidado... não me abandones, senão volto a fazer asneiras..."

Nunca me disse isto com estas palavras, mas é assim que eu sinto muitas das suas afirmações.  
E então lembro das inúmeras vezes em que foi de urgência para o Hospital por ter tomado doses excessivas de comprimidos.

Egoísta, egocêntrica, exigente, dependente, infeliz, desamparada, carente...

Necessito mesmo destes dias de férias sem ela ao meu lado! 

Quero afastar os meus pensamentos dela! Quero ter, pelo menos, uma semana em que sou dona da minha vida sem preocupações.

Mas isso não existe, pois não?

Mãe é mãe. Ponto Final !

Então eu vou tentando superar todas essas angústias com músicas da minha geração.

"On a hot summer night.
Would you offer your throat to the wolf with the red roses?
Will he offer me his mouth?
Yes
Will he offer me his teeth?
Yes
Wlll he offer me his jaws?
Yes
Will he offer me his hunger?
Yes
Again. Will he offer me his hunger?
Yes
And will he starve without me?
Yes
And does he love me?
Yes"

Poema lindíssimo.

Esta semana estarei na Aldeia - SOZINHA (com o cão e os meus pensamentos) !

Beijos,
Carla










sexta-feira, 1 de julho de 2011

Contente e triste

 

Estou de férias.

Estou sozinha na casa da Aldeia. O tempo está quente. Convida a deitar à beira da piscina e deixar o tempo correr lentamente.

Não há filhota sempre a exigir todo o tipo de atenção; para o bom e para o mau.

Não há marido sempre hiper activo e sempre a rabujar

Não horário para nada. 

Tenho Paz. Estou bem !

Quase sempre bem...

Tenho uma amiga em sofrimento.  A ela dedico a música acima.

Somos apenas passageiros. Vamos aproveitar esta viagem !

Beijos,
Carla

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Seguir e/ou ser seguido no seu blog

São 02:20 da manhã numa aldeia recôndita desta cantinho pequenino que é Portugal.

Abri meu e-mail e vi que havia gente sugerindo notícias, pedindo amizade, dizendo que me seguia, etc....

Senti que esta aldeia estava no centro do mundo, mas... eu não !

Não é a primeira, nem a enésima vez que sou virtualmente abordada por completos desconhecidos.

Provavelmente gente tão solitária quanto eu, que necessita de encontrar reconhecimento, conforto e recompensa neste ambiente virtual.

Não me importo que digam que querem ser meus amigos ou que digam que estão me seguindo. O que me espanta é que quando tento conhecer melhor o perfil destes supostos amigos, reparo que seus gostos nada têm a ver com os meus; seus temas são completamente diferentes dos meus, seus objectivos são diametralmente opostos aos meus.

Fico com a impressão que estão entrando numa batalha para ver quem tem mais "amigos" ou mais "seguidores" ou é "mais votado", não importa porquê nem por quem!

Os valores morais que me ensinaram e que tento manter, hoje em dia deram lugar à necessidade de notoriedade, de popularidade e outras coisas sem significado.

Nunca fui muito habilidosa com estas coisas dos computadores e da navegação.

Iniciei um blog apenas por necessidade de descrever o meu dia-a-dia para quem me entendesse.

É verdade que fui aconselhada a aderir a uma coisa (não sei bem o que é) chamada Dihitt. Disseram que tornaria meu bog mais acessível às pessoas.

Aderi.

De início foi bom. Encontrei gente que se interessava pelo que eu escrevia. Encontrei também gente que me ajudou a caminhar neste espaço virtual.

Hoje eu recebo "toneladas" de e-mails indicando notícias e ou pedidos de amizade que nada têm a ver com o meu tema.

Que se passa com esta gente?

Não lêem o que escrevo?
Conhecem meu perfil ?
Acaso visitaram meu blog?

Me parece que não. Meu nome apareceu entre tantos outros que circulam na web e então nada melhor que angariar um novo fã !

Em 2007 um rastreador identificou a existência de mais de 112 milhões de blogs. Não consigo imaginar quantos serão hoje.

No meio desta profusão de gente gritando em surdina, como é possível escolher o que nos identifica?

Assim vamos continuando a pedir amizades e a seguir sítios de gente que nada se parece connosco, mas quanto maior o número de seguidores, maior a popularidade , sinal de maior sucesso!

NÃO ENTRO NESSA !

Quero continuar a ser selectiva e gostaria que me seguisse apenas quem tiver algo a me ensinar ou valor a acrescentar. Mas este mundo virtual é assim...

A partir do momento em que entramos nele, não temos mais o controlo. Tudo se passa com rapidez e sem fronteiras.

Que saudades tenho do meu velho diário de adolescente....

quinta-feira, 23 de junho de 2011

hoje nada disse

Hoje cheguei aqui e dispensei muito tempo visualizando os blogs que estou seguindo.

Teci alguns comentários naqueles que me despertaram atenção.

Porém, hoje, nada encontro de interessante para partilhar.

Não que minha vida tenha sido vazia, mas, provavelmente porque foi demasiado cheia, ainda não consegui processar todas as emoções.

Adianto apenas que a filhota F piorou seu estado.
A filhota C está confusa quanto ao seu destino próximo na cidade de Londres.
O maridão está preocupado com suas empresas e
Eu... comecei minhas férias hoje !

Talvez dentro de dias já consiga dizer algo de jeito.

Hoje não !

Vou tentar relaxar e sentir que estou realmente de férias !

Beijos,

Carla

terça-feira, 14 de junho de 2011

The annoying duck


Hoje apetece-me ser sarcástica, meio mal comportada, inconveniente !

Não posso ser totalmente mal comportada pois não consigo esquecer e/ou desobedecer  muitas das regras que recebi na infância.

Ainda bem ! Meus pais me educaram bem !

Se assim não fosse, neste momento estaria postando qualquer coisa muita mais reprovável.

Este é um pouco do meu lado de humor britânico: sarcástico, maquiavélico, negro. Mas sempre com humor...!

Pobre vendedor de sumo!  Não há maneira de satisfazer seus clientes. Há sempre alguém descontente.

Em Portugal costumamos dizer: " Nem Cristo que era filho de Deus conseguiu agradar a todos, como você pretende fazê-lo?".

Achei bonito o vídeo da canção do pato. Ingénuo na música e desconcertante no texto.
Tal como o  RHI - (Real Humor Inglês) !
Abraços,

segunda-feira, 13 de junho de 2011

The valley of unrest

http://music.ovi.com/pt/r/Product/r/r/5522091

Lamento, mas não encontrei nenhum vídeo com este poema de Edgar Allen Poe, música de Lou Reed e dito por Rowena.  Pertence ao seu álbum RAVEN.
Encontrei, isso sim, o mesmo poema dito por outros, mas a versão que referi, na minha opinião, é a melhor...

Se alguém encontrar um vídeo desta música, agradeço muito a informação. Abaixo segue apenas a letra. O link acima dá direito apenas a alguns segundos de audição.
Lamento imenso,  mesmo.

Far away far away
Are not all lovely things far away
As far at least lies that valley
as the bedridden sun in the luminous east
The paralyzed mountains, the sickly river
Are not all things lovely far away
Are not all things lovely far away

It is a valley where time is not interrupted
Where its history shall not be interpreted
Stories of satan's dart of angel wings
Unhappy things
Within the valley of unrest

The sun ray dripped all red
The dell was silent
All the people having gone to war
Leaving no interrogator to mind
the willful looting the pale past knowledge
The sly mysterious stars
The unguarded flowers leaning
The tulips overhead paler
The terror stricken sky
Rolling like a waterfall
over the horizon's fiery wall
A visage full of meaning

How the unhappy shall confess
As Roderick watches like a human eye
While violets and lilies wave
Like banners in the sky
Hovering over and above a grave
As dew drops on the freshly planted eternal dew
Coming down in gems
There's no use to pretend
Though gorgeous clouds fly
Roderick, like the human eye has closed forever
Far away far away

Roderick, whatever thy image may be
Roderick, no magic shall sever the music from thee
Thou hast bound many eyes in a dreamy sleep
Oh tortured day
The strains still arrive
I hear the bells
I have kept my vigilance
Rain dancing in the rhythm of a shower
Over what guilty spirit to not hear the beating
To not hear the beating heart
But only tears of perfect moan
Only tears of perfect moan

domingo, 12 de junho de 2011

Sometimes... às vezes...


..."Peace came upon me and it leaves me weak
So sleep, silent angel,  go to sleep.


Sometime all I need is the air that I bread
and to love me ! "


Alterei ligeiramente a letra. Nada de mais. Apenas a personalizei.


Este fim de semana vai ser mais comprido. 
Dia 10 foi feriado em portugal (não me perguntem porquê)
Sei apenas que em 1933 este dia passou a ser comemorado como o dia de Camões (poeta e escritor português), de Portugal e da Raça (???)  
Em 1978 este dia passou a chamar-se  "de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas ". 


Não me interessa o que comemoram. 
Este ano festejei-o apenas porque ocorreu numa sexta-feira, antecipando o fim-de-semana.
Dia 14 vai ser feriado na localidade onde trabalho, por isso tirei férias no dia 13.


Isso faz um fim de semana comprido, muito comprido, desde o final do dia 9 ao início do dia 15.


Mas, ... a filhota F, nos últimos dias não tem estado em paz. Tem andado angustiada e não sabe qual o motivo. Apenas se sente muito triste e, pior que tudo o mais, sente-se infantil, com vontade de comprar livros e brinquedos de criança de 6 anos. Ela sabe que isso não é próprio da sua idade e sente-se ainda mais culpada por causa disso.


Tentei amenizar a sua angústia; Não faz mal. O importante é a gente sentir-se bem com o que compra. Não há que sentir culpa de gostar desses objectos. Muitos "adultos" têm brinquedo de criança. 
Eu sei que estas frases a aliviam, mas não descansam !


Ela não tem férias como eu, nos dias 13 e 14. 


Já tinha decidido que regressaria à cidade nesses dias para estar com ela. Não podia de forma alguma deixá-la sozinha na casa da cidade, e muito menos poderia incentivá-la a faltar ao Hospital diário para ficar comigo na Aldeia.


Felizmente, pela hora do almoço de hoje, o pai lembrou-se que havia compromissos com trabalhadores na casa da aldeia e que alguém deveria estar presente - e porque não eu -  ???!!!


Só a sensação de estar sozinha 2 dias ! SEM NINGUÉM ! - MESMO NINGUÉM A DEPENDER DE MIM!!! Fez-me desabar como a letra da música:



"Peace came upon me and it leaves me weak
So sleep, silent angel,  go to sleep.

Sometime all I need is the air that I bread
and to love me ! "

Naquele momento cheguei mesmo a chorar de alívio. Nem eu mesma estava consciente que estava sob tanta pressão !

Agora estou bem ! 
Eles partiram no final da tarde. 
Fiquei sossegada vendo um qualquer filme na TV.
Cozinhei uma coisa simples para jantar. 
Agora:

O TEMPO É TODO MEU !!!


E aqui estou eu, escrevendo para o mundo:


FINALMENTE, SINTO-ME BEM !!!



segunda-feira, 6 de junho de 2011

NO COMENTS - Alone again, naturally!

          NO COMENTS !


Lyrics:

In a little while from now,
If I'm not feeling any less sour
I promised myself to treat myself
And visit a nearby tower,
And climbing to the top,
Will throw myself off
In an effort to make it clear to who
Ever what it's like when your shattered
Left standing in the lurch, at a church
Where people 're saying,
"My God that's tough, she stood him up!
No point in us remaining.
May as well go home."
As I did on my own,
Alone again, naturally

To think that only yesterday,
I was cheerful, bright and gay,
Looking forward to, but who wouldn't do,
The role I was about to play
But as if to knock me down,
Reality came around
And without so much as a mere touch,
Cut me into little pieces
Leaving me to doubt,
All about God and His mercy
For if He really does exist
Why did He desert me
In my hour of need?
I truly am indeed,
Alone again, naturally

It seems to me that
There are more hearts
Broken in the world
That can't be mended
Left unattended
What do we do? What do we do?

Now looking back over the years,
And what ever else that appears
I remember I cried when my father died
Never wishing to have cried the tears
And at sixty-five years old,
My mother, God rest her soul,
Couldn't understand, why the only man
She had ever loved had been taken
Leaving her to start with a heart
So badly broken
Despite encouragement from me
No words were ever spoken
And when she passed away
I cried and cried all day
Alone again, naturally
Alone again, naturally 

Compositor que tem hoje a bonita idade de 64 anos. 
Música escrita no início dos anos 70.
Só demonstra que dor é sempre dor,
Solidão é sempre solidão,
Gente é sempre igual, não importa a época !

Bonita melodia !

domingo, 5 de junho de 2011

Eu, ele, a filhota e o... outro




 Mais um domingo chegando ao fim.

 Este fim de semana foi diferente.

Viemos para a aldeia, como de costume. Mas não fomos só nós os 3. Veio connosco o namorado da filhota mais velha - a C - que vive em Inglaterra.

Sinto-me confusa e dividida.

Ele é um garoto amoroso, afável, boa companhia, mas.... ainda muito imaturo.

Contou-nos que dentro de dias vai para Inglaterra viver com a filhota C.

Com que rendimentos, que trabalho lá terá? - perguntei eu.
Explicou que vai vender seu automóvel e viverá dos dinheiro da venda até conseguir um trabalho na sua área.

E qual é a sua área sabem?

Audio-visual, video-clips, cinema, realização, edição de imagem...

Imaginam país mais competitivo nessa área que os U.K?  Só mesmo os EUA!

A filhota C é uma estudiosa e cientista por natureza. A única coisa que vê à frente dos seu nariz são livros, laboratórios e experiências cientificas. É esse o seu mundo.

Ela vai em breve para Londres fazer Doutoramento com uma bolsa da universidade inglesa.
Vai para um dos melhores Institutos de Investigação do Mundo !
Vai tentar descobrir como células estaminais podem estar na origem e cura do carcinoma maligno.
Já conseguiu publicar um artigo numa revista científica, sobre este tema.
Não é qualquer menina de 25 anos que consegue ser publicada em revistas científicas....

Tenho receio que a juventude destes meninos e o amor que sentem um pelo outro, possa vir a prejudicar a brilhante carreira que espera a minha filha.

Como disse, o rapaz é amoroso, mas não tem a ambição e capacidade de trabalho da C.

É um idealista. Acredita que o seu "El Dorado" está nos U.K. !

Gostaria que eles esperassem mais uns tempos.
Tenho receio que ele viva dependendo das finanças da namorada.

Mas acho que a vida e assim mesmo:

Mãe é Mãe...

e Sogra é Sogra !

Só me resta esperar que tudo dê certo !


Nada posso ou DEVO fazer. 
Afinal, apesar de ainda muito jovens e com nenhuma experiência de vida (ambos vivem à custa dos pais) , eles são já legalmente maiores de idade e já namoram há mais de 6 anos. Isto deve ser sinal que se amam muito. E eu não quero que, mais tarde nas suas vidas, me digam que eu não os deixei ser felizes.

QUE SEJAM MUITO FELIZES !


É este um final do domingo.
Amanhã novas tarefas e preocupações farão esquecer por algumas horas este receio.

Beijos,
Carla

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Estou mudando... ou quê?

Olá,

Boa noite em Portugal.

Não sei o que ando a fazer...

Estou a expor-me demasiado aos olhos dos outros. 

O "meu cantinho" seguro e sereno está cada vez mais espaçoso...

Não tenho ainda a certeza se gosto ?..? !!

O BOM:  Gosto de saber que tem gente que me conhece e me dá conforto e companhia neste espaço. Sei que quando escrevo, alguém me lê. Não estou sozinha !!!

O MAU: Deixei de sentir que posso dizer o que quero com o maior à-vontade. Sei que há gente que me conhece e que, como todos nós mortais, fará juízos do que digo. Deixei de estar só a falar para o mundo (gente que não conheço)!

Tenho dificuldade em encontrar aqui um equilíbrio. 

Tenho agora dois amigos muito próximos.  Cada um no seu lado do Oceano !

Um eu conheço pessoalmente; outro ainda não, mas gostaria muito.

Tenho agora mais reservas que antes...

Não se estou mudando,
Se estou ficando mais aberta às pessoas,
Se estou mais carenciada e por isso divulgo minha identidade,
Estou confusa!

VERDADE :  Eu gosto de ler os comentários que publicam. São eles que me fazem companhia.  É saber que alguém me lê que me dá alento para continuar divulgando a minha saga. É bom ter companhia !

Estarei mudando ?

P.S.: Estou muito feliz por ter recebido uma mensagem da minha grande amiga. Continuo esperando o conserto do seu computador !

Até breve,
Carla

terça-feira, 31 de maio de 2011

É bom reconhecer os verdadeiros amigos

Caros companheiros,

Ontem estive conversando com um velho amigo, numa esplanada de praia ao fim da tarde.

Eu já sabia, mas começo a compreender, cada vez melhor, que a nossa pouca sorte ou menor felicidade não é única.

Toda a gente tem angústias e problemas e assuntos mal resolvidos... mas os nossos são sempre mais importantes !

NÃO É ASSIM !

Cada um sente o seu assunto com a importância que ele LHE MERECE !

Não interessa se nós achamos que o tema tem maior ou menor importância. O que realmente interessa é a maneira como o próprio encara seu problema !

Como dizia: Estive conversando com um amigo.

Sei que ele vive actualmente momentos de desespero.

Estivemos juntos conversando mais de uma hora... agora, acreditem:

Nesse tempo falei imenso da minha vida, dos meus feitos, das minhas dificuldade, etc., etc.
Em nenhum momento ele me falou dos seus problemas. Tive que perguntar.

Mesmo assim, ele respondeu calmante : ... "Como sempre. Nada de novo !"

Tenho dificuldade em encontrar as palavras certas para o confortar.  Não sei o que dizer.

Ia soar a falso dizer a verdade que sinto: "Estou contigo. Acredito em ti !"

Não consigo fazer sair estas palavras.  Muito provavelmente ele sente necessidade desse conforto. Mas eu tenho receio de não as saber dizer na altura e tom certos e acabar pior do que eu quero.

VERDADEIRAMENTE : Eu acredito nele e na sua angústia.

Confessei-lhe que escrevo melhor do que falo.

Aqui não encaro ninguém. Não tenho que ripostar na altura.  Escrevo apenas o que sinto e quem quiser ler, que leia ! Quem não quiser, pode facilmente sair mudo e eu nem preciso saber que não gostou. (mas gostaria de saber....)

A propósito de travessias do deserto, hoje alguém me disse:

..."Na nossa vida, oásis são os amigos que não nos abandonam, são aquelas pessoas desconhecidas que se preocupam com o próximo, é a fé que todos temos e renova a esperança....."


(Eu acho que sei quem disse isso... mas não vou adiantar....)



Lamento apenas não ser uma pessoa de fé. Conto comigo só e com mais ninguém !

Amigos, eu quero muuuuuuiiiiitos !

Já me habituei a viver com as contrariedades da vida, mas não sem amigos a quem as confidenciar !

Obrigada por serem meus amigos. 

P.S.: Eu estou já farta  das aulas de árabe que estou assistindo com a filhota. Hoje eu inventei uma desculpa para não ir. Iria ter uma reunião de trabalho. 
Resultado: Cheguei a casa e a filhota F também não foi. Disse ao pai que sem a companhia da mãe não valeria a pena.
Que castigo o meu ! Porque tenho sempre que ser a "muleta" da filhota ?
Estou FARTA !   FAAAAARTA !!!|!!
Também quero o meu tempo e espaço. 
Porque haveria eu de querer ter uma curso de língua árabe? Diversão? Novidade? 
Não !!! Para ajudar a filhota F a ter uma actividade ! 
Mas hoje também eu cansei.

Amanhã será melhor certamente.  E será melhor porque eu tenho AMIGOS !

Estou esperando que o PC da minha amiga fique bom.