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domingo, 11 de setembro de 2011

Velhas amigas

Oi para o Mundo !


Passei o fim de semana na casa da aldeia com uma velha amiga (mais nova que eu), mas que já há mais de 2 anos que não via.

Ela vive em Lisboa e eu no Porto. Trabalhamos na mesma empresa. Não sei como foi possível estarmos tanto tempo ausentes, continuando a manter o sentimento de cumplicidade que nos uniu há mais de 15 anos atrás.

A minha amiga quase não reconheceu a filhota F depois de ter crescido 40 Kg por todo o corpo.

Foi bom!
Ela tinha a visão de quem está de fora na relação com a filhota F e não se deixou impressionar por sua depressão e angustia.

Deu-lhe conselhos que se saíssem da minha boca não seriam aceites da mesma forma.

Notei que a filhota esteve mais activa neste fim de semana que o seu normal. Ainda não sei se foi por cortesia com a convidada, ou se realmente estava com mais energia.

Ela está assustada. Já lhe foi dito que estão a pensar deixá-la sair do hospital no final do ano.

Amanhã vamos todos reunir com seus terapeutas. Vai ser a primeira reunião depois de quase um ano de tratamento.

Não sei o que esperar. Nunca quiseram nem aceitaram falar com os pais por ela ser adulta.  Agora nos convocam para reunir...

Não vale a pena estar a especular. É esperar pelo momento e ver o que vai acontecer.

Estou a pensar mandar a filhota F passar uns dias em casa da minha amiga de Lisboa. Ela tem 2 filhotes gémeos de 9 anos.

Pode ser que seja bom para ela sair da sua área de conforto. Veremos no que resulta a reunião com os médicos.

A outra filha - a C - está em Londres desesperada porque não encontra casa dentro do seu orçamento. Não quer continuar dependendo dos pais, mas a vida lá é muito cara para a sua bolsa.

Também aqui vou esperar para ver no que dá. Claro que se for necessário, terei que enviar ajuda financeira. Não quero que ela viva na pobreza ou prejudique seu percurso académico, apenas porque quer iniciar uma vida independente.

Também eu, em jovem, tive ajuda de familiares para iniciar minha vida de adulta. E isso não fez de mim menos autónoma. Apenas ajudou a começar meu percurso até à completa autonomia.

Creio que ser mãe em Portugal é muito diferente de outros países do Mundo.

Vejo em documentários os filhos de Americanos, Finlandeses, Holandeses e outros países de cultura mais pragmática, serem quase que chutados fora de portas no início da universidade.
Essa é a idade em que eles saem de casa e ficam por sua conta e risco. Para os pais isso é normal.

Não nesta minha terra. Aqui o que é normal é cuidar dos mais novos enquanto eles necessitam e quando somos velhos eles deveriam cuidar de nós.

Não sei se é melhor ou pior, mas sinto que este cantinho do mundo também se está a modificar.

Enfim, somos um povo do "FADO". Parece que nunca nada está bem.






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