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segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Like a Roller Coaster

Nunca sei como vai ser o meu dia. Nunca sei com o que contar...

Tanto estamos subindo, ou estamos bem, como ...  repentinamente tudo desce a pique, tal como numa Montanha Russa. E falta-me o fôlego. Sustenho a respiração. Tenho vontade de gritar... mas não posso! E não devo !!!

Só que eu não vivo num parque de diversões. Às vezes mais parece a "Casa dos Terrores".

Soube hoje quando cheguei no final do dia, que a filha F não tinha ido para o Hospital !
Deu-me uma vontade enorme de a repreender... mas tentei suavemente saber porquê.

Afinal, esta manhã eu acordei-a e ela levantou-se... e eu saí para o trabalho tranquila.

Que se passou?

Explicou que ontem teve muita dificuldade em adormecer e hoje de manhã sentia-se muito cansada.

É verdade que ontem à noite, quando me fui deitar, passei pelo seu quarto e ela estava acordada e ansiosa. Estivemos a falar durante um pouquinho, e eu afaguei-a e beijei-a e abracei-a com um abraço muito forte e ela disse que já estava melhor. Até me agradeceu, mais uma vez, por eu ser sua mãe (é sempre bom ouvir isso).  Disse-me que já estava mais serena.
Aconselhei-a a apagar a luz e dormir.

Afinal, parece que continuou sem conseguir conciliar o sono e por isso hoje estava cansada.

Mas, e de tarde, porque não foi?

Explicou que também não foi da parte de tarde porque não teve coragem de enfrentar o grupo do hospital após ter faltado durante a manhã !!!

Não entendo ! Será melhor faltar o dia todo que apenas parte?  Explicou outra vez que prefere faltar a chegar atrasada.

E amanhã? como vai ser? Vai ter coragem de enfrentar as pessoas após ter faltado todo o dia anterior?

Começou a quer chorar com os olhos vermelhos e brilhantes. Não insisti. Afinal ela sofre de uma perturbação que eu conheço mal e não sinto como ela sente. Mas ficou-me aquela sensação estranha de que ela está a testar os nossos limites (meus e do hospital) .

Tenho receio que ela seja rejeitada na terapia . Há uma lista de espera enorme para entrar neste tipo de tratamento e receio que não a considerem suficientemente empenhada, libertando-a para dar lugar a outros.

Não posso obrigá-la. Ser autoritária tem o efeito contrário!

Não percebo! Tivemos um fim de semana tão feliz e harmonioso... ela estava tão contente... Eu estava tão confiante que hoje correria tudo bem....

Como se lida com um bebé de 23 anos? Sim, porque ela tem reacções a atitudes de uma criança de 4 anos.
Às vezes sem qualquer sentido de responsabilidade e egoísta. Mas outras vezes parece ter um batalhão de juízes dentro da sua cabeça que a repreendem constantemente pelo que faz e pelo que não faz.

Estou tão cansada de me sentir sempre em sobressalto !

Que vai acontecer amanhã? 

NÃO SEI !

1 comentário:

  1. Carla, por que você não dá carona pra ela até o hospital antes de ir trabalhar? Os horários não coincidem?

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